quinta-feira, 13 de outubro de 2011

POEMA PARA UM DIA SÓ

Hoje eu morri mais cedo.
(Tenho pressa do poente.)
As curvas das horas em volta de mim.
A noite amanhecera à tarde;
O céu me observava estranho;
Você me conheceu já ido.

Ontem nascerei de novo.
Certo de não ser bem-vindo.
Tudo quase meio torto,
O dia restará no início;
As sombras restiarão meu corpo;
O tempo não fará sentido.

6 comentários:

  1. Lembrou-me "Poética" de Vinícius de Moraes =)

    "Meu tempo é quando."

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  2. Ainda bem que atualizou. Agora já posso seguir minha vida em paz.rs.O poema me parece a imagem de alguém em constante ponto de fuga, em busca do sentido, talvez. A lembrança de Maira é interessante porque me faz pensar que os poetas tenham, em geral, as mesmas preocupaçoes, embora expressem de forma singular. Parabens ai, valeu.
    Fagner

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  3. Parabéns Soldier pelo poema.
    A análise de Fagner foi perfeita.
    Algumas partes me lembraram músicas suas, como Poente e Ozônio ("..um quadro torto meio assim").

    RR.

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  4. Adorei, Leo!!! Você é demais! Parabéns! :)

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