EPITÁFIO No 1
Eu quis apenas tudo
E pude ainda nada
E fui uma quase falha
Perfeita em seu vazio
Eu soube a hora exata
Do início do fastio
E fiz de toda falta
Um germe do horizonte
Eu fui reconhecido
Em cada esquina podre
Com putas e mendigos
E amores travestidos
Eu coube em quatro linhas
De imagem desbotada
Em álbum empoeirado
Guardado a zero chave
Eu não deixei saudade:
Levei a cada canto
Promessa de retorno,
Ausência anunciada
Eu vi por toda parte
Pedaços de mim mesmo
Em olhos reticentes,
Em beijos nunca dados
Eu tive o mesmo sonho
Que tem qualquer semente -
De ser suave rosa
Tocando a tua face
E mesmo não sabia:
Que ao fim de cada dia
Fui tudo que podia
E nada que importasse
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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Você tem que parar com essa mania de escrever coisas apaixonantes rapaz.
ResponderExcluir( NÃO PARA , NÃO PARA !)
Amo de paixão seus poemas, demora, mas vale a pena esperar :)
Beijo, Léo.
Humm, senti um "q" da época do JF aí!
ResponderExcluirMuito bom, parabéns soldier!
Muito bonito. Há tempos não leio um poema tão bom assim. Eles são os que mais me tocam, sempre.
ResponderExcluirbeijos (:
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAlô, som, oi, testano...
ResponderExcluirPode clê, rafa. eu tb pensei nisso. se botasse uma guitarrinha de fundo e um pedal duplo dava uma musica massa. daí léo pode ou lançar um disco ou um livro. ou os dois. parabéns tb.
ResponderExcluirMuito muito muito bom!!!!!!! *-------*
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